José Fontenele nasceu no Piauí. É jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), escritor e organizador cultural. Autopublicou seu primeiro romance, O ralo da consciência, em 2014. Está entre os coordenadores do Clube da Leitura RJ e o Clube de Leitura ZO (RJ). Participou da coletânea Clube da Leitura Vol. IV (Rubra), como escritor e organizador; e tem um conto na coletânea 80 anos, devagarinho — Conta forte, conta alto, publicada pela Festa Literária das Periferias (FLUP), em homenagem à obra de Martinho da Vila. Escreve sobre Cultura e Literatura para a revista literária Revéstres. Colabora com resenhas para sites de literatura e trabalha na agência literária Oasys Cultural. Mora na cidade do Rio de Janeiro.
Arquivos: Autores
María Zambrano
Nascida em 1904 no município Vélez-Málaga, região da Andaluzia (Espanha), María Zambrano Alarcón foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Miguel de Cervantes em 1988, um dos mais importantes prêmios literários da língua espanhola. Filha de professores, passou boa parte da infância em Segóvia, antes de partir à capital da Espanha e iniciar seus estudos em filosofia na Universidad Central de Madrid, onde conheceu os mestres José Ortega y Gasset, García Morente, Julián Besteiro e Xavier Zubiri, que se tornariam suas referências – principalmente Ortega y Gasset. Posteriormente, lecionou em algumas instituições, incluindo como substituta de Zubiri em Metafísica na Universidad Central, numa época em que poucas mulheres tinham sequer visibilidade. Zambrano também contribuiu para alguns periódicos na década de 1930, como a Revista de Occidente, a Cruz y Raya e Hora de España, antes de se exilar por razões políticas durante a Guerra Civil Espanhola, período em que vivenciou os horrores da ditadura por estar do lado dos republicanos. Durante o exílio, passou por diversos países, inclusive nas Américas, e teve contato com nomes ilustres como Octavio Paz e Albert Camus, retornando à Espanha somente em 1982, onde faleceu no ano de 1991. Esse período também rendeu grande parte da produção de sua obra, entre ensaios filosóficos e literatura, que deu a Zambrano o título de pensadora espanhola mais importante do século XX.
Alexandre O’Neill
Alexandre Manuel Vahia de Castro O’Neill de Bulhões, poeta português, nasceu a 19 de dezembro de 1924, em Lisboa, e morreu a 21 de agosto de 1986, na mesma cidade. Para além de se ter dedicado à poesia, Alexandre O’Neill exerceu a atividade profissional de técnico publicitário. Foi fundador do Grupo Surrealista de Lisboa, com Mário Cesariny, António Pedro, José-Augusto França, diretamente influenciado pelo surrealismo bretoniano. Acabo por desvincular-se do grupo a partir de Tempo de Fantasmas (1951), embora a passagem pelo surrealismo marque indelevelmente a sua postura estética. A sua distanciação em relação a este movimento não obstou a que um estilo sarcástico e irônico muito pessoal se impregnasse de algumas características do Surrealismo, abordando noutros passos o Concretismo. O’Neill recebeu, pelas suas Poesias Completas, o Prêmio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários (1983). É a primeira vez que é publicado no Brasil.
Miguel Granja
Miguel Granja nasceu em Lisboa e é licenciado em biologia molecular. Trabalhou como jornalista de rádio na WDR (Alemanha) e na ópera de Colónia. É dramaturgo, romancista e cançonetista. Este é o seu primeiro romance juvenil.
Cupertino Freitas
Cupertino Freitas é cearense de Limoeiro do Norte. Trabalha como consultor em Tecnologia da Informação. Formado em Computação, tem especialização em Roteiros Cinematográficos e mestrado em Ciências Políticas. Participou de grupos de roteiristas amadores em Massachusetts. Faz parte do coletivo de escritores Delirantes. Seu conto “O Jardim de Itatira” foi publicado na coletânea Farol em 2017. “Judas no Paiol” é seu primeiro romance.
Carolina Machado
Com interesse pelo mundo da leitura desde pequena, sou mestra em Ciências da Linguagem com especialização em Revisão e Consultoria Linguística pela Universidade Nova de Lisboa.
Comecei a escrever sobre revisão de textos ainda na faculdade, em 2011, no que seria a primeira versão do site Revisão para quê?.
Nasci em Porto Alegre em 1991. Desde cedo fui incentivada a ler e escrever pelos meus pais, o que provavelmente influenciou bastante nas minhas decisões profissionais. Apesar de ter cursado licenciatura, queria mesmo era ser revisora, mesmo antes de começar o curso.
Encontre-me nas redes sociais por meio do endereço revisaoparaque.com/redes
Ana Elisa Ribeiro
Ana Elisa Ribeiro é autora de livros de crônica, conto, poesia e infantojuvenis, com obras em semifinais ou finais de prêmios como Portugal Telecom (Oceanos) e Jabuti. Tem colunas fixas em sites e jornais brasileiros, poemas traduzidos e participação em eventos literários no Brasil e no exterior. É professora da rede federal e pesquisadora da edição. “Doida pra escrever” é seu terceiro livro de crônicas escolhidas, o primeiro pela Moinhos.
Samarone Lima
Samarone Lima nasceu em 1969, no Crato, Ceará. Em 1987 migrou para o Recife. Como jornalista, publicou livros-reportagem, de crônicas e de viagem. Começou a tirar os poemas das gavetas e arquivos somente em 2012, aos 43 anos, com a “A praça azul” & Tempo de Vidro (Editora Paés). Em 2013 publicou “O aquário desenterrado” (Editora Confraria do Vento), Prêmio Alphonsus de Guimarães da Fundação Biblioteca Nacional e da Bienal do Livro de Brasília, em 2014. Em 2016, também pela Confraria do Vento, lançou “A invenção do deserto”.
Atualmente vive no Sítio Histórico de Olinda, onde tem o Sebo Casa Azul.
Carina Sedevich
Carina Sedevich nasceu em Santa Fé, em 1972, e reside em Villa María, Córdoba, Argentina. Publicou as obras La violencia de los nombres (1998), Nosotros No (2000), Cosas dentro de otra cosa (2000), Como segando un cariño oscuro (2012), Incombustible (2013), Escribió Dickinson (2014), Klimt (2015), Gibraltar (2015), Un cardo ruso (2016), Cuadernos de Lolog (2017) e Lavar a la madre (2017). Também tem parte de sua obra editada em antologias e publicações literárias em diversos países e foi traduzida para o italiano e o português. É formada em comunicação, especialista em semiótica, e é professora de yoga. Bola de feno (Un cardo ruso) é seu primeiro livro traduzido no Brasil.
Henrik Ibsen
Henrik Ibsen (1828-1906) foi um dramaturgo norueguês e um dos criadores do teatro realista moderno. Criou o “Teatro de ideias”. Em 1850, sob o pseudônimo de Brynjolf Bjarme, lançou sua primeira peça, “Catilina”, inspirada nas revoluções europeias de 1848 e nos escritos do romano Cícero.
Ibsen foi também poeta e diretor teatral. Dirigiu o Teatro de Bergen, segunda cidade mais importante do país. Em 1857, assumiu a direção do Teatro Norueguês de Kristiania (atual Oslo). Em 1858, casou-se com Suzammah Thoresen, e chegou a fazer um grande sucesso com “A Matéria de que se Fazem Reis” (1863), ambientada na Noruega medieval. Em 1864 resolveu sair do país, quando a Prússia invadiu a Noruega. Morou em diversas cidades, principalmente em Roma e Munique.
Na Itália, escreveu três outras peças que recuperam os ideais românticos e o estilo de vida escandinavo, entre elas “Peer Gynt” (1867). A obra foi tida como uma crítica ao homem moderno: conta, na forma de tragicomédia, a trajetória de um aventureiro que abandona seus princípios morais em nome da fama.
Em 1879, muda-se para Munique, onde passa os dias lendo jornais, de onde muitas vezes tira o enredo de suas peças, e escreve “Casa de Bonecas”. Muitas de suas peças foram consideradas escandalosas para a época em que foram escritas. Seus trabalhos se caracterizam pelo estudo psicológico dos personagens, principalmente da mulher e analisam a realidade contida por trás das convenções, costumes e a moralidade da época. Em 1885, Ibsen já é considerado o dramaturgo mais representado em vários países.