Cesar Kiraly

Cesar Kiraly é Doutor em Ciência Política pelo IUPERJ. Professor de Estética e Teoria Política no Departamento de Ciência Política da UFF. Coordenador do GT Hume da ANPOF. Editor da Revista Estudos Políticos.

Conceição Flores

Conceição Flores nasceu na ilha do Faial (Açores) e reside no Brasil desde 1981. Formada em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, é Mestre em Literatura Comparada e Doutora em História da Educação pela mesma instituição. Foi professora de Literatura Portuguesa e de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa do curso de Letras da Universidade Potiguar de 1999 a 2018. É autora, dentre outros, de As aventuras de Teresa Margarida da Silva e Orta em terras de Brasil e Portugal (2006); do Dicionário de escritoras portuguesas: das origens à atualidade (2009), organizado em coautoria com Constância Lima Duarte e Zenóbia Collares Moreira; do Dicionário de escritores norte-rio-grandenses: de Nísia Floresta à contemporaneidade (2014); e de Sonho que sou alguém cá neste mundo – Antologia de escritoras portuguesas do séc. XV ao XIX (2024), organizada em coautoria com Constância Lima Duarte. Organizou ainda, Mulheres e Literatura: ensaios (2013) e os dois volumes de O sentido primeiro das coisas: ensaios sobre a obra de Maria Teresa Horta (2015 e 2019). Do mito ao romance: uma leitura do evangelho segundo Saramago, publicado pela editora Moinhos no âmbito da Coleção Estudos Saramaguianos é a segunda edição revista do livro editado em 2001.

Nuno Medeiros

Nuno Medeiros é professor no Programa em Cultura e Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e docente da área de Literaturas, Artes e Culturas e do Departamento de História. É graduado em Sociologia, mestre em Sociologia Histórica e doutor em Sociologia da Cultura pela Universidade Nova de Lisboa. É investigador integrado do Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, colaborando ainda com o Centro de História da Universidade de Lisboa, o Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa e o Centro de Estudos em Teorias da História e Historiografias da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Tem-se especializado no estudo sociológico e histórico do livro, da edição, da livraria, da leitura e da cultura e comunicação impressas e digitais.

Alex Sens

Alex Sens nasceu em 1988, em Florianópolis. É autor dos romances O frágil toque dos mutilados (Autêntica, 2015) — vencedor do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura, finalista do Prêmio São Paulo de Literatura e semifinalista do Prêmio Oceanos —, A silenciosa inclinação das águas (Autêntica, 2019) e O obsceno sono dos ciprestes (Autêntica, 2021). No conto, publicou Corações ruidosos em queda livre (Penalux, 2018). Vive em Lyon, na França.

Gulbahar Haitiwaji

GULBAHAR HAITIWAJI nasceu em 1966, em Ghulja, na região de Xinjiang, na China. Antes de conseguir o estatuto de refugiada política e se fixar na França com o marido e as filhas, em 2016, Gulbahar trabalhava na indústria do petróleo como engenheira. Em 2017, convocada pelo governo chinês para resolver uma questão administrativa, foi detida assim que chegou ao aeroporto. Passou os três anos seguintes em um campo de reeducação, de onde só regressou graças aos esforços da sua família e do governo francês. Esta é a sua história de sobrevivência.

Mika Andrade

Mika Andrade nasceu em Quixeramobim, em 1990. É poeta e edita o projeto literário Escritoras CE. Organizou a Antologia Erótica de Poetas Cearenses – O Olho de Lilith (2019) e é autora dos livros Devoção – poemas reunidos (2021) e Poemas Obsessivos (2021).

Flora Nwapa

Flora Nwapa nasceu em 1931 e foi criada em Oguta, no leste da Nigéria. Ela foi educada na Memorial Girls School do Archdeacon Crowther, Port Harcourt, CMS Girls’ School, Lagos, University College Ibadan e Universidade de Edimburgo. Ela foi escritora e professora e ficou conhecida pela recriação das tradições e vida igbo pelo ponto de vista feminino.

Após ter abandonado Lagos, em 1967, com a família, devido à guerra civil em seu país, Flora Nwapa retornou à Nigéria, e foi nomeada Oficial de Educação Feminina em Calabar. Depois foi para a Queen’s School, Enugu, para ensinar inglês e geografia. Foi ainda Secretária Assistente (Relações Públicas) na Universidade de Lagos até regressar ao Estado do Centro-Leste durante a crise. E, ao final da guerra, foi nomeada membro do Conselho Executivo do Estado do Centro-Leste e foi por um tempo a Comissária de Terras, Pesquisa e Desenvolvimento Urbano.

Além de escrever livros, fundou a Tana Press, a primeira editora a ser propriedade de uma mulher negra africana em toda a zona oeste do continente. Entre 1979 e 1981 editou oito volumes de ficção para adultos, abrindo mais tarde outra editora, Flora Nwapa e Co., especializada em ficção para crianças. O seu percurso continuou com mais de uma dezena de publicações entre romances, histórias curtas e livros para crianças. Mesmo antes do seu falecimento – em 1993 – quando terminou o seu último manuscrito.

Flora Nwapa foi a primeira mulher nigeriana a ser publicada e é considerada por muitas a mãe da literatura africana moderna.

Vanessa Ferrari

Vanessa Ferrari é editora e mestre em crítica textual pela Universidade de São Paulo (FFLCH/USP). Sua dissertação de mestrado analisa originais submetidos para publicação pela Companhia das Letras do ponto de vista da construção do narrador. Coordena, desde 2015, o projeto da Companhia das Letras de clubes de leitura e remição de pena em unidades prisionais no Estado de São Paulo. É professora no curso de Pós-graduação Formação de Escritores, do Instituto Vera Cruz. Foi jurada dos prêmios Barco a Vapor em 2017, 2018, 2020 e 2021 (infantojuvenil), Prêmio Sesc, 2017 (contos), São Paulo de Literatura, 2017 (romance), e Prêmio Kindle de Literatura, em 2020. Foi editora da Companhia das Letras de 2009 a 2015. Entre os trabalhos de edição de autores estreantes, destacam-se A palavra que resta, primeiro romance de Stênio Gardel, publicado pela Companhia das Letras, Dama de paus, de Eliana Cardoso, vencedor do Prêmio Kindle de Literatura, em 2019, e O imortal, de Mauricio Lyrio, semifinalista dos Prêmios Oceanos e São Paulo de Literatura.

Jazmina Barrera

Jazmina Barrera (Cidade do México, 1988) foi bolsista da Fundación para las Letras Mexicanas e beneficiaria da residência da Casa Estudio Cien Años de Soledad. Foi bolsista do programa Jóvenes Creadores del Fonca. Ela fez mestrado em Escrita Criativa em Espanhol na NYU com o apoio da bolsa Fullbright. Seus textos foram publicados em revistas como The Paris Review, El País, Words Without Borders, Malpensante, Electric Literature e The New York Times, entre outras. É autora de Cuerpo extraño, Cuaderno de faros, Linea nigra, Los nombres de los animales e Punto de Cruz. Seu livro de ensaios Cuerpo extraño venceu o Prêmio Latin American Voices 2013. Linea nigra foi finalista do Prêmio CANIEM na categoria livro do ano, do Prêmio Primera Novela e do National Book Critics Crircle’s Gregg Barrios Book in Translation Prize. Cuaderno de faros fez parte dos selecionados do Prêmio Von Rezzori. Seus livros foram publicados em nove país e traduzidos ao inglês, italiano, holandês e francês. É sócio-fundadora da Ediciones Antílope. Vive na Cidade do México.

Marian Engel

Marian Engel (1922-1985) nasceu em Toronto e cresceu nas cidades de Brantford, Galt, Hamilton e Sarnia, em Ontário. Depois de morar no exterior e lecionar nos Estados Unidos e na Europa, retornou ao Canadá em 1964 e se estabeleceu em Toronto. Além de Urso, publicou outros cinco romances, com destaque para No Clouds of Glory (1968) e The Hooneymoon Festival (1970); dois livros de contos Inside the Easter Egg (1975) e The Tattooed Woman (1985); e dois livros infantis. Ela foi membro fundadora da União dos Escritores do Canadá e atuou como sua primeira presidente (1973-74). Trocou cartas com diversos escritores e escritoras, como Alice Munro, Margaret Atwood e Graeme Gibson, alguma reunidas nos volumes de cartas Dear Hugh, Dear Marian: The MacLennan-Engel Correspondence (1995) e Marian Engel: Life in Letters (2004). Venceu com Urso o Governor General’s Literary Award for Fiction, o mais importante prêmio literário do Canadá. Sua obra já foi publicada em inglês, italiano, francês, alemão e espanhol. Faleceu em 1985, vítima de um câncer.