Alexandre O’Neill

Alexandre Manuel Vahia de Castro O’Neill de Bulhões, poeta português, nasceu a 19 de dezembro de 1924, em Lisboa, e morreu a 21 de agosto de 1986, na mesma cidade. Para além de se ter dedicado à poesia, Alexandre O’Neill exerceu a atividade profissional de técnico publicitário. Foi fundador do Grupo Surrealista de Lisboa, com Mário Cesariny, António Pedro, José-Augusto França, diretamente influenciado pelo surrealismo bretoniano. Acabo por desvincular-se do grupo a partir de Tempo de Fantasmas (1951), embora a passagem pelo surrealismo marque indelevelmente a sua postura estética. A sua distanciação em relação a este movimento não obstou a que um estilo sarcástico e irônico muito pessoal se impregnasse de algumas características do Surrealismo, abordando noutros passos o Concretismo. O’Neill recebeu, pelas suas Poesias Completas, o Prêmio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários (1983). É a primeira vez que é publicado no Brasil.

  • Tempo de fantasmas

    Como dirá Gustavo Rubim, pesquisador sobre sua obra, “Em certo sentido, portanto, Tempo de Fantasmas concentra-se no exorcismo dos próprios fantasmas da poesia, monstros inconciliáveis com a vida terrestre nas dimensões lisboetas que a única referência a André Breton veio trazer para dentro do livro. Mas O’Neill nunca será um poeta estritamente ocupado com os fantasmas do seu ofício. Ou seja, nunca veio a ser um bom exemplo de “metapoeta” em regime de exclusividade e é até possível que o prefixo “meta-” seja o menos adequado para descrever o tipo de relação vigilante que sempre foi mantendo com a própria prática de escrever poemas”.

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    Tempo de fantasmas
  • No reino da Dinamarca

    Como dirá Joana Meirim, pesquisadora sobre a obra do poeta, ler “No Reino da Dinamarca é uma oportunidade de perceber o diagnóstico e de testar a terapêutica, utilizando os termos de António Franco Alexandre. Também há algo de podre No Reino da Dinamarca de O’Neill, na óbvia alusão ao Hamlet, de Shakespeare, não só do ponto de vista moral, mas também na forma como se escreve. Neste livro, o leitor pode procurar sair do reino da Dinamarca, tentando dar saúde às palavras doentes através da leitura de uma poesia sem concessões a falsas retóricas”.

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    No reino da Dinamarca