Marian Engel

Marian Engel (1922-1985) nasceu em Toronto e cresceu nas cidades de Brantford, Galt, Hamilton e Sarnia, em Ontário. Depois de morar no exterior e lecionar nos Estados Unidos e na Europa, retornou ao Canadá em 1964 e se estabeleceu em Toronto. Além de Urso, publicou outros cinco romances, com destaque para No Clouds of Glory (1968) e The Hooneymoon Festival (1970); dois livros de contos Inside the Easter Egg (1975) e The Tattooed Woman (1985); e dois livros infantis. Ela foi membro fundadora da União dos Escritores do Canadá e atuou como sua primeira presidente (1973-74). Trocou cartas com diversos escritores e escritoras, como Alice Munro, Margaret Atwood e Graeme Gibson, alguma reunidas nos volumes de cartas Dear Hugh, Dear Marian: The MacLennan-Engel Correspondence (1995) e Marian Engel: Life in Letters (2004). Venceu com Urso o Governor General’s Literary Award for Fiction, o mais importante prêmio literário do Canadá. Sua obra já foi publicada em inglês, italiano, francês, alemão e espanhol. Faleceu em 1985, vítima de um câncer.

Margarita García Robayo

Nasceu em 1980, em Cartagena, de onde partiu pouco tempo depois de completar 18 anos. Desde 2004, é radicada em Buenos Aires. É autora das novelas Hasta que pase un huracán (2012), Lo que no aprendí (2013), Tiempo muerto (2017) e Educación Sexual (publicado de forma fracionada entre os números 114 e 119 da revista Piauí 2020); é autora de vários livros de contos, entre os quais se destaca Cosas peores (2016), vencedor do Prêmio Literário Casa de las Américas 2014. Colaborou com várias revistas hispano-americanas. Sua obra tem sido traduzida para o inglês, francês, português, italiano, hebreu, turco, islandês e chinês. Em 2018 e 2020, respectivamente, a Charco Press lançou no Reino Unido a coleção Fish soup e o romance Holiday heart, ambos premiados com o PEN Awards. Até que passe um furacão é o seu primeiro romance e o primeiro a ser publicado no Brasil.

Susana Thénon

Susana Thénon é poeta de vanguarda argentina e contemporânea de Juana Bignozzi e Alejandra Pizarnik, era membro da Generación del ’60, embora não tenha oficialmente feito parte de nenhum movimento literário. Nascida em Buenos Aires (1937), além de poeta, também foi tradutora, ensaísta e fotógrafa. Dona de uma voz carregada de crítica e ironia, ressalta o belo e a arte em sua criação. Escreveu as obras Edad sin tregua (1958), Habitante de la nada (1960), de lugares extraños (1967), distancias (1984) e Ova completa (1987), que foi publicado no Brasil pela editora Jabuticaba (2019), com tradução de Angélica Freitas. O livro distancias também foi publicado em edição bilíngue pela editora Sun & Moon Press, de Los Angeles, Califórnia, em 1994, e sua obra completa (incluindo trabalhos como fotógrafa) foi publicada em dois volumes intitulados La Morada Imposible (tomos 1 e 2), pela editora Corregidor, de Buenos Aires, Argentina. Habitante do Nada & distâncias são as primeiras obras da poeta publicadas pela Moinhos em um único volume.

Filipa Leal

Filipa Leal nasceu no Porto (Portugal) em 1979. Tem 12 livros publicados (desde 2003), entre os quais A Cidade Líquida e O Problema de Ser Norte, ou os mais recentes Vem à Quinta-feira e Fósforos e Metal sobre Imitação de Ser Humano, ambos finalistas do Prémio Correntes d’Escritas e Semi-Finalistas do Prémio Oceanos. Está editada em Espanha (La Ciudad Líquida); na Colômbia (En los días tristes no se habla de aves); e em França (com a plaquete La Ville Oubliée). Formada em Jornalismo pela Universidade de Westminter (Londres), é Mestre em Estudos Portugueses e Brasileiros pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, com uma tese sobre o humor na poesia. Está representada em várias antologias em Portugal e no estrangeiro (Espanha, Venezuela, México, Bulgária, Holanda, Eslovénia ou Grécia). Poeta, jornalista e argumentista (destaque para o guião do filme Jogo de Damas, de Patrícia Sequeira – Prémio de Melhor Guião nos Festivais de Cinema do Chipre e de Copenhaga), apresenta actualmente, com Pedro Lamares, o programa de literatura “Nada Será Como Dante” na RTP2.

Esta é a sua primeira edição no Brasil.

George M. Johnson

George M. Johnson é ativista negre e não-binárie de Los Angeles, premiade por sua escrita. George escreveu para grandes veículos, incluindo Teen Vogue, Entertainment Tonight, NBC, The Root, Buzzfeed, Essence e The Grio. Também atuou como Editor Convidado para o mês do Orgulho da BET.com.

Em 2019, recebeu o Prêmio Salute to Excellence pela National Associação de Jornalistas Negros (National Association of Black Journalists) por seu artigo “Quando o racismo ancora sua saúde”, na Revista Vice. Foi um dos nomes listados no The Root 100 Most Influential African Americans, em 2020, e uma das 100 pessoas LGBTQ mais influentes em 2021.

George M. Johnson escreveu seu primeiro livro de memórias para jovens adultos, e foi um dos mais vendidos do New York Times, o aclamado “All Boys Aren’t Blue”, onde discute como foi sua adolescência ao crescer como um jovem garoto Black Queer em New Jersey através de uma série de ensaios poderosos.

Fernanda Trías

Fernanda Trías nasceu em Montevidéu (1976). É escritora, tradutora e professora de criação literária. Publicou as novelas Cuaderno para un solo ojo, La azotea, La ciudad invencible e Mugre rosa, e o livro de contos No soñarás flores. Mugre rosa foi selecionado pelo New York Times em Espanhol como um dos melhores dez livros de 2020, obteve o prêmio residência SEGIB-Eñe-Casa de Velázquez (Espanha, 2018), o Prêmio Nacional de Literatura (Uruguai, 2020), o Bartolomé Hidalgo (Uruguai, 2021) e o Sor Juana Inés de la Cruz 2021 da FIL de Guadalajara. Alguns de seus livros foram traduzidos ao inglês, francês, dinamarquês e italiano, e ainda se preparam traduções a outras cinco línguas. Atualmente vive em Bogotá. Mugre rosa, traduzido como Gosma rosa para o português, é o seu primeiro livro a ser publicado no Brasil, pela Moinhos.

Pu Songling

Pu Songling, nascido em 5 de junho de 1640, em Zichuan, província de Shandong, na China, foi um escritor de ficção chinesa cuja obra Liaozhai zhiyi (1766) ou “Histórias estranhas do estúdio de Liaozhai” acabou por colocar em evidência o gênero clássico de contos. Sua impressionante coleção de 431 contos sobre o incomum e o sobrenatural foi amplamente concluída em 1679, embora ele tenha adicionado histórias ao seu manuscrito em 1707.

Embora Pu tenha vivido e morrido como um obscuro professor de escola provinciana, seu trabalho ganhou fama quando foi impresso pela primeira vez, cerca de 50 anos após sua morte, inspirando muitas imitações e criando uma nova moda para as histórias clássicas. Ele é creditado por ter adaptado vários de seus contos em uma forma dramática popular da época.

Contos de fantasia chineses pela primeira vez chega ao Brasil.

Dolores Reyes

Dolores Reyes nasceu em Buenos Aires em 1978. É professora, feminista, ativista e mãe de sete filhos. Ela estudou literatura clássica na Universidade de Buenos Aires. Miséria é o seu segundo romance a ser publicado pela Editora Moinhos.

Yao Feng

Yao Feng, pseudônimo de Yao Jingming, nasceu em Pequim, em 1958, e atualmente é professor catedrático na Universidade de Macau. Também é poeta, tradutor, artista e curador, tendo publicado, em chinês e em português, mais de vinte livros de poesia, crônica e ensaio dos quais se destacam Nas asas do vento cego (1990), A noite deita-me comigo (2001), As palavras cansadas da gramática (2014), Um limão no mar (2018), Não escrever também é escrever (2010), bem como a obra acadêmica História de Intercâmbio literário entre a China e Portugal (2014). Traduziu poemas de Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Camilo Pessanha, Eugénio de Andrade, Sophia de Mello Breyner Andresen para chinês, e traduziu para português, de parceria com Régis Bonvicino, Um barco remenda o mar – dez poetas chineses (2007). Ganhou oito prêmios de poesia e de ensaio na China, Taiwan e Macau, e em 2006 foi agraciado com a medalha da Ordem Oficial de Santiago de Espada, atribuído pelo Estado português. Como artista, participou em várias exposições coletivas e realizou duas exposições individuais. Participou, como um dos curadores, na organização do Bienal de Arte de Macau (2021) além da organização frequente de exposições para artistas.

Bei Dao

Bei Dao é um dos escritores mais influentes da China pós-Revolução Cultural, autor de vários livros de poesia, ensaios e contos. Seu trabalho foi traduzido para mais de trinta idiomas.

Bei Dao, pseudônimo de Zhenkai Zhao, nasceu em 1949 em Pequim. Em 1978, cofundou a revista literária clandestina Jintian.

Os livros de poesia de Bei Dao incluem The Rose of Time (2009), Unlock (2000), At the Sky’s Edge: Poems 1991–1996 (1996), Landscape Over Zero (1995), Forms of Distance (1994), Old Snow (1991) e August Sleepwalker (1988). É também autor da coletânea de contos Waves (1985) e de duas coletâneas de ensaios, Blue House (2000) e Midnight’s Gate (2005).

Os prêmios e honras de Bei Dao incluem o Prêmio de Poesia Aragana do Festival Internacional de Poesia em Casablanca, o Prêmio PEN / Barbara Goldsmith Freedom to Write e uma bolsa Guggenheim. Ele foi eleito membro honorário da Academia Americana de Artes e Letras e recebeu o grau honorário de Doutor em Letras (Litt.D.) pela Brown University.