Tempo de fantasmas

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Trecho do livro

“Em certo sentido, portanto, Tempo de Fantasmas concentra-se no exorcismo dos próprios fantasmas da poesia, monstros inconciliáveis com a vida terrestre nas dimensões lisboetas que a única referência a André Breton veio trazer para dentro do livro. Mas O’Neill nunca será um poeta estritamente ocupado com os fantasmas do seu ofício.”

Gustavo Rubim

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Dados técnicos

Título: Tempo de fantasmas
Autor: Alexandre O’Neill
ISBN: 978-65-5681-013-3
Edição: 1a
Dimensões: 14×21 cm
Páginas: 54
Gênero: Poesias
Ano: 2020

Sobre o livro

Como dirá Gustavo Rubim, pesquisador sobre sua obra, “Em certo sentido, portanto, Tempo de Fantasmas concentra-se no exorcismo dos próprios fantasmas da poesia, monstros inconciliáveis com a vida terrestre nas dimensões lisboetas que a única referência a André Breton veio trazer para dentro do livro. Mas O’Neill nunca será um poeta estritamente ocupado com os fantasmas do seu ofício. Ou seja, nunca veio a ser um bom exemplo de “metapoeta” em regime de exclusividade e é até possível que o prefixo “meta-” seja o menos adequado para descrever o tipo de relação vigilante que sempre foi mantendo com a própria prática de escrever poemas”.

Sobre o autor Alexandre O’Neill

Alexandre Manuel Vahia de Castro O’Neill de Bulhões, poeta português, nasceu a 19 de dezembro de 1924, em Lisboa, e morreu a 21 de agosto de 1986, na mesma cidade. Para além de se ter dedicado à poesia, Alexandre O’Neill exerceu a atividade profissional de técnico publicitário. Foi fundador do Grupo Surrealista de Lisboa, com Mário Cesariny, António Pedro, José-Augusto França, diretamente influenciado pelo surrealismo bretoniano. Acabo por desvincular-se do grupo a partir de Tempo de Fantasmas (1951), embora a passagem pelo surrealismo marque indelevelmente a sua postura estética. A sua distanciação em relação a este movimento não obstou a que um estilo sarcástico e irônico muito pessoal se impregnasse de algumas características do Surrealismo, abordando noutros passos o Concretismo. O’Neill recebeu, pelas suas Poesias Completas, o Prêmio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários (1983). É a primeira vez que é publicado no Brasil.

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