O interesse pelas coisas
Eduardo Villela traz em sua escrita a potência da estranheza e da beleza das coisas, que por vários motivos se ofuscam na rotina. Não é necessário razão absoluta para se chegar a um fim, mas é preciso sentir tudo aquilo que não é dito. O estranho, o incapturável, que poderiam passar desapercebidos, aqui saltam aos olhos do leitor.
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Dados técnicos
Título: O interesse pelas coisas
Autores: Eduardo Villela
Dimensões: 14 x 21 cm
Páginas: 112
Gênero: Contos
Ano: 2017
ISBN: 978-85-92579-09-8
Edição: 1ª
Sobre o livro
O interesse pelas coisas traz em si o inusitado, seja na forma de contar uma história, seja em elementos que a compõem. As narrativas presentes neste livro vão sendo desenhadas por uma mão que fala, distorce e modela como uma panela de barro, de maneira quase surreal, os objetos e as histórias que observamos. Nesse contexto, a relação de um jovem com a empresa em que trabalha, ou o confronto entre uma rotina de notícias violentas e um passeio de infância soam quase tal qual um aparente descompasso. Seria esse um descompasso do real?
As coisas por si só não dizem tudo. No conto que dá nome ao livro, o narrador diz que “As palavras tentam ser como a corda de um vaqueiro”. Elas buscam capturar sempre aquilo que é fluido, algo que não se firma, que é fugaz o bastante para não ser possível manejar com força ou racionalidade.
Eduardo Villela traz em sua escrita a potência da estranheza e da beleza das coisas, que por vários motivos se ofuscam na rotina. Não é necessário razão absoluta para se chegar a um fim, mas é preciso sentir tudo aquilo que não é dito. O estranho, o incapturável, que poderiam passar desapercebidos, aqui saltam aos olhos do leitor.
Sobre o autor Eduardo Villela
Eduardo Villela nasceu no Rio de Janeiro, em 1979. A leitura pegou-o desde cedo, já antes de aprender a ler, quando tentava decifrar as letras dos livros e das revistas em quadrinhos. Em 2015, foi finalista do concurso Brasil em Prosa, do jornal O Globo com a Amazon, com o conto “Genética”. Tem contos publicados nas antologias de Verso e Prosa de 2015 e 2016 realizadas pela Oficina Literária Ivan Proença (OLIP), e participou, em 2016, da antologia O Eldorado é Aqui, de histórias sobre o estado do Amazonas.