O livro e os seus universos de inscrição são, respectivamente, objeto e espaços declinados, expressão que define o próprio objeto que está neste momento a ser lido por quem tem esta obra nas mãos ou no dispositivo de leitura. Este livro, todavia, concentra-se numa arena particular da existência do livro, o da sua produção editorial e dos processos que a configuram, sejam eles de natureza cultural, histórica ou social, territórios de significação por extenso, que incluem obviamente dimensões como a política, a econômica ou a tecnológica. E também esta arena, a da edição de livros na sua diversidade de circunstâncias e componentes, constitui um espaço de declinação e multiplicidade, tantas vezes pautada pela não-linearidade ou pela contradição e recheada de arestas. Tema mil vezes glosado, mil vezes explorado, mil vezes estudado. O que aqui se propõe não é um pioneirismo de tópicos, mas tão-só um conjunto de quatro curtos capítulos suscetível de instigar ou reiterar um desejo de – ou uma disposição para – uma incursão neste mundo declinado, a partir de um pequeno quadro de processos que correspondem a outras tantas dimensões de análise e entendimento da edição de livros.
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