Dolores Reyes

Dolores Reyes nasceu em Buenos Aires em 1978. É professora, feminista, ativista e mãe de sete filhos. Ela estudou literatura clássica na Universidade de Buenos Aires. Miséria é o seu segundo romance a ser publicado pela Editora Moinhos.

  • Miséria

    Em Miséria, a nova novela de Dolores Reyes, a protagonista, conhecida da obra anterior, Cometerra, abandona seu velho bairro decidida a não usar mais o dom de localizar desaparecidos, um poder que se revelou doloroso demais após testemunhar a brutalidade do mundo ao seu redor. Agora, vivendo com seu irmão Walter e a namorada dele, Miséria, que está grávida, a jovem enfrenta uma nova realidade em meio a uma cidade marcada pela violência e pela ausência.

    À medida que os cartazes de desaparecidos se multiplicam, duas vozes se entrelaçam para narrar essa história: a de Cometerra, sombria e desesperançada, e a de Miséria, que traz uma leveza inocente. Esta dualidade oferece uma perspectiva profunda sobre as violências que afligem as mulheres, abordando temas como o medo da maternidade e a solidariedade entre elas.

    Com um estilo direto e capítulos curtos, Reyes constrói uma narrativa que não apressa, mas envolve. Miséria revela a força da sororidade e a união entre mulheres que se apoiam em busca de seus entes queridos, desafiando a ideia de rivalidade. Assim, a autora transforma a dor em esperança, mostrando que, mesmo em tempos sombrios, a luz da coletividade pode prevalecer. Uma obra essencial que ressoa com a realidade contemporânea.

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  • Cometerra

    Literatura é uma história bem contada, certamente, mas pode ser muito mais: retrato de uma realidade, um grito de basta, uma denúncia, um pedido de socorro. Dolores Reyes, ao escrever este livro, fez tudo isso e muito mais.

    Com a habilidade dos narradores tecelões, a escritora conta a história da menina que, ao comer terra, tem visões extraordinárias, revelando segredos demasiadamente humanos. Em suas visões, ela retrata os subúrbios da América Latina (e do mundo inteiro), e as dores e violências sofridas por suas mulheres. Mas como a literatura é uma arte muito milagrosa, faz isso com invenção e graça renovadas, contando a novidade do que está consagrado, e a necessidade de nos reinventar, de fazermos justiça e de estarmos atentos.

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