Ponho-me no lugar do amigo imaginário de Artemilson Lima, uma metáfora para muitos de seus interlocutores elencados para a escrita da narrativa apresentada neste livro, narrativa em que eu mesmo surjo pontuando espaços. Tal imersão pode ser empreendida por qualquer leitor, tenha este vivido ou não no espaço temporal contemplado, não obstante as linhas de discussão teórica necessárias à urdidura de sua redação inicial que se prestou como tese de doutoramento. Sim. O texto é científico e, na minha perspectiva, sintetiza caracteres da história, da sociologia, da antropologia, amalgamados por uma via literária que se manifesta desde o primeiro parágrafo, num melindroso confluir de história, propriamente dita, e ficção. Juntas, história e ficção não se confundem no texto. A primeira cumpre seu propósito, digamos, pedagógico de informar, enquanto a segunda enleva o leitor numa escrita sem percalços.
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