Ariel Magnus

Ariel Magnus (Buenos Aires, 1975) estudou literatura espanhola e filosofia na Alemanha. Publicou Sandra (2005), La abuela (2006, traduzido para o alemão), Un chino en bicicleta (2007, Prêmio La otra orilla, traduzido para seis idiomas – inclusive no Brasil – e reeditado em 2016), Muñecas (2008, Prêmio Juan de Castellanos), Cartas a mi vecina de arriba (2009), Ganar es de perdedores (2010), Doble crimen (2010), El hombre sentado (2010), La cuadratura de la redondez (2011), La 31 (una novela precaria) (2012), A Luján (una novela peregrina) (2013), Cazaviejas (2014), Comobray (2015), La risa de las bandurrias (2016), Seré breve (2016) e El que mueve las piezas (una novela bélica) (2017), que é publicada agora pela Editora Moinhos, com o título Quem move as peças, com tradução de Fernando Miranda. Trabalha de tradutor literário do alemão, inglês e português.

  • Quem move as peças

    Quem move as peças é uma novela que provoca o limiar entre a ficção e a realidade, ao evocar fatos históricos e colocar lado a lado – às vezes, em diálogo – personagens fictícios e figuras históricas. Num tom, em geral, humorístico, o autor desencava memórias coletivas e individuais, como nos casos da segunda Guerra Mundial e dos diários do próprio avô, o judeu Heinz Magnus, que migrara para a Argentina justamente durante o conflito. Não hesita em misturar essas memórias e, vez ou outra, levantar, sem nenhum tom professoral ou pernóstico, questões filosóficas, sobretudo existenciais.

    Manipulando uma série de outros textos – a novela se abre com um trecho de Stefan Zweig -, Ariel Magnus demonstra seu conhecimento técnico em relação ao fazer literário, oferecendo ao leitor um tabuleiro (com duplo sentido!) com inúmeras peças para serem movidas com argúcia. Ao sair da novela e retornar à realidade, o leitor certamente terá adquirido outra capacidade para olhar a multiplicidade de informações e impulsos a sua volta e, já nesse outro grande tabuleiro que é o mundo, procurar novas ordens possíveis.

    Quem move as peças é, portanto, novela contemporânea – que reconhece os inúmeros tempos que nos coabitam e convivem conosco.

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