António Ramos Rosa

Destacado poeta e crítico português nascido em Faro, em 1924. António Ramos Rosa foi militante do MUD (Movimento de União Democrática) e conheceu a prisão política. Trabalhou como tradutor e professor, tendo sido um dos directores de revistas literárias como Árvore e Cassiopeia. O Grito Claro foi o seu primeiro livro de poesia, publicado em 1958. É ainda autor de ensaios, entre os quais se salienta A Poesia Moderna e a Interrogação do Real (1979-1980). Em 1988, foi distinguido com o Prémio Pessoa. Com uma obra poética extensa, Ciclo do cavalo é considerado um dos seus melhores livros.

  • Volante verde

    Com este Volante verde, o leitor brasileiro tem em mãos um dos mais importantes títulos de António Ramos Rosa, premiado poeta responsável pelos Cadernos do Meio-Dia e pela revista Árvore. Estruturado pela exatidão de seus 100 poemas de 15 ou 20 versos, este livro revela um desejo de unidade formal em sua concepção, sendo, portanto, fundamental seu entendimento como conjunto, fruto de uma mesma janela da extensa experiência poética de Ramos Rosa. Como desde o título escutamos, estes poemas nos convidam à presença de um voo a percorrer uma espacialidade, definida como um “planeta imenso e verde”, para nela buscar escutar o silêncio em sua essência anterior à linguagem, “o pulsar da terra no seu obscuro esplendor”. E já que a “construção do poema é a construção do mundo”, como nos alerta o autor, neste Volante verde somos apartados das problemáticas do mundo maquinal moderno para adentrarmos em uma harmônica melodia nascida da conciliação do autor consigo mesmo e com este poético mundo erigido a partir de uma experiência de regozijo: “Encontro-me no mundo, sou o ar que desce/ alegra, o ar, o sol, o sangue. O corpo é tão feliz/ que reina na extensão em transparência verde.”. Que estas “palavras aéreas” administradas pelas exímias mãos de António Ramos Rosa levem o leitor à “pulsação/ clara e quase cega da matéria feliz”.

    Roberto Bezerra de Menezes

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  • Ciclo do cavalo

    “Autor de uma das obras poéticas mais extensas e marcantes da poesia portuguesa contemporânea” – Luís Miguel Queirós

    O escritor e crítico Fernando Pinto do Amaral prefere eleger como “verdadeiramente singular” em Ramos Rosa “a atmosfera muito espacial que a sua poesia, ou melhor, os seus ciclos de poemas, são capazes de criar”. Atmosfera essa que resulta de uma “conjugação precisa de palavras”: “Isso vê-se muito bem em O Ciclo do Cavalo, de que gosto particularmente, e em Gravitações, onde se sente que há como que uma força cósmica que atrai e repele as palavras e a própria natureza”.

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    Ciclo do Cavalo