Marco Severo

É professor formado em Letras/Inglês pela Universidade Federal do Ceará. Tem contos publicados no Brasil e no exterior. Colabora com diversos sites voltados para literatura. É também professor e orientador de alunos de Escrita Criativa. Antes desse livro publicou Os escritores que eu matei (2015, crônicas), Todo naufrágio é também um lugar de chegada (2016) e Cada forma de ausência é o retrato de uma solidão (2017), ambos de contos e Coisas que acontecem se você estiver vivo (2018, crônicas); retornou ao conto em Se eu te amasse, estas são as coisas que eu te diria (2019); em 2020 publicou sua primeira novela, Um dos nomes inventados para o amor; e em 2021 publicou O silêncio daqueles que vencem as guerras (contos). Pode ser contactado através do seu site: www.marcosevero.com.br

  • A única paz possível desde o útero é no cemitério

    Pode a narrativa dar conta de uma vida? Em A única paz possível desde o útero é no cemitério, Marco Severo não busca uma resposta. Este romance, sua obra mais pessoal até aqui, é, sobretudo, uma investigação dessa possibilidade. O que faz com que nós nos tornemos quem nos tornamos? Quais eventos de uma vida acabamos por arrastar durante toda uma existência? Daquilo que nos acontece, quais são os fatos transformadores, os que são sustentáculos ou os responsáveis por um eventual desmoronamento?

    Marco Severo volta o seu olhar para um acontecimento perturbador, numa reconstrução ficcional da memória através da qual o narrador procura, se não dar algum sentido ao que lhe aconteceu, trazer alguma lucidez para os caminhos escuros que percorreu involuntariamente e, assim, compreender não apenas o próprio percurso, mas apaziguá-lo dentro de si, evocando a máxima de Jean Paul Sartre de que “não importa o que a vida fez de você, mas o que você faz com o que a vida fez de você”.

    Num fluxo emocionante, o autor ultrapassa a autoficção e cria um romance multifacetado, uma espécie de quebra-cabeças em que o leitor vai colocando as peças, compondo o todo, tijolo por tijolo. A única paz possível desde o útero é no cemitério é a história daquilo que faz de nós quem somos e, assim, é também a história de nossas próprias vidas.

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  • Não há castigo maior do que um amor que dure para sempre

    Conhecido por suas histórias inquietantes, Marco Severo chega ao seu quinto livro de contos com um título provocador: Não há castigo maior do que um amor que dure para sempre. Um título que pode nos causar, de saída, diversas sensações e questionamentos. Por que um amor que dure para sempre seria um castigo? Pode um amor durar para sempre, sendo a própria vida finita, ou seria aqui um “para sempre” nos moldes de Vinicius de Moraes que, sabendo ser o amor fadado ao fim, “posto que é chama”, que seja infinito enquanto dure? Qual é a real medida do eterno?

    A obra evoca também Nelson Rodrigues, presente através dos “interlúdios rodrigueanos”, em que Severo busca um diálogo com a obra do autor pernambucano – um provocador de primeira – por meio de contos que ecoam sua obra, mostrando que a realidade – fragmentada, tecnologizada, dura como seja, continua a mesma, porque o ser humano, matéria-prima da qual são feitas estas histórias,  também continua o mesmo, não importa o tempo que passe.

    Em contos que evocam os mais diversos tipos de relações humanas, Marco Severo coloca diante do leitor uma obra profundamente eivada de dor e beleza, de recomeços e buscas por novos caminhos e, sobretudo, da complexidade labiríntica que é estar vivo.

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  • O silêncio daqueles que vencem as guerras

    Prepare-se para conhecer Henakandaya, a cidade mítica criada por Marco Severo. Desde sua fundação por Elias Carcará, em 1820, e ao longo de mais 300 anos, o leitor adentrará um lugar como nenhum outro: Henakandaya tem suas próprias vontades, faz acontecer e desacontecer ao longo do tempo, alterando o rumo de seus moradores e de si mesma, transformando em lenda quem quer que atravesse sua História.

    Ao longo de 19 contos, todos independentes uns dos outros mas unidos pelo fio condutor da passagem do tempo, que faz Henakandaya deixar de ser uma pequena vila para se tornar uma cidade com milhares de habitantes, Marco Severo nos apresenta um personagem único, que nos agarra com seus braços capazes.

    Ao criar uma cidade onde eventos inesperados ocorrem, arrastando homens e mulheres para o centro de agitações e turbulências, Severo nos leva ao universo de escritores como Gabriel García Márquez, Juan Rulfo, Julio Cortázar, José J. Veiga, Murilo Rubião e Lygia Fagundes Telles, em que o realismo mágico se faz presente, atuando como personagem modificador de destinos que são, em última instância, reflexo dos caminhos que escolhemos e da impossibilidade de termos as rédeas da situação em todas as trilhas que nos vemos percorrer – e essa impossibilidade é, afinal, a grande característica humana.

    Depois de publicar livros em que os personagens precisavam lidar com a realidade bem diante de si, Marco Severo nos traz sua primeira obra de realismo mágico, mostrando sua inventividade e habilidade para mover sua câmera para qualquer espaço e nos entregar uma literatura potente, questionadora e também auspiciosa; revelando, através de seus múltiplos olhares para o emaranhado de que somos feitos, que é também essa diversidade que nos compõe o que nos torna quem somos.

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  • Um dos nomes inventados para o amor

    Depois de três livros de contos, Marco Severo chega à novela com um enredo vigoroso, que extrapola os temas e questionamentos já suscitados pelo autor, seja em sua obra como contista ou cronista. O cotidiano e seus entornos – suas mazelas, suas grandezas, seus personagens repletos de humor, medo, ternura, coragem – nada passa despercebido ao olhar perspicaz do autor, que observa a sociedade em sua ampla diversidade como se estivesse presente em cada canto, e deles pudesse extrair o essencial para narrar um pouco do que somos todos nós.

    Neste livro você vai conhecer Cacilda, uma mulher que nasceu para o amor – desesperadamente. Engolfada em situações-limite desde a infância, Cacilda passa a conhecer todos os tipos de meandros disfarçados de normalidade. Transitamos do universo dos livros para as ruas, bingos clandestinos, casas de massagem, igrejas neopentecostais – tudo isso em meio a fugas, assassinatos, amores perdidos e encontrados, e uma protagonista sem rédeas nem escrúpulos, e pronta para atingir seus objetivos numa busca frenética pela descoberta do sentimento que acredita lhe ter sido negado desde sempre e que precisa enraizar dentro de si.

    Um dos nomes inventados para o amor é uma história sobre caçar a si mesmo – sem se preocupar com o que vai encontrar – nem mesmo os tantos significados possíveis que pode ter a palavra amar.

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  • Coisas que acontecem se você estiver vivo

    Três anos após a publicação de Os escritores que eu matei, seu primeiro livro de crônicas, Marco Severo volta ao gênero com Coisas que acontecem se você estiver vivo. Aqui, seu elemento é a vida, o olhar ora delicado, ora mordaz, para as vivências do cotidiano, as pessoas e histórias que às vezes nos passam desapercebidas são, neste livro, elevadas ao lugar de protagonismo, porque a escrita de Marco coloca sob a lente da lupa justamente a realidade comezinha, as coisas aparentemente desimportantes e, quando terminamos a leitura de mais uma crônica, nos damos conta de que são justamente essas que têm (ou deveriam ter) mais importância. As imperceptíveis dores do crescimento e do que nos faz crescer, sua maneira peculiar de contar seus anos de vida, o valor das atitudes, por menor que sejam, que temos para com os outros, as relações com o passado e com as gerações familiares que nos precedem e reflexões sobre os relacionamentos contemporâneos, a necessária tentativa de trazer leveza para a vida e a relevância da palavra para que o ser humano possa se conectar a outro ser humano. Está tudo aqui, neste livro que se lê com a urgência dos dias que vivemos.

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    TEMPO DE PRODUÇÃO É DE 15 DIAS ÚTEIS.
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  • Cada forma de ausência é o retrato de uma solidão

    Depois do bem recebido Todo naufrágio é também um lugar de chegada, Marco Severo está de volta com este novo livro de contos. Nestas vinte e duas histórias, o leitor torna-se espectador in loco, capaz de ouvir o que está ao redor, sentir o cheiro, testemunhar com olhos que, por vezes, prefeririam refutar o que se apresenta como cenário, uma vez que sua literatura causa efeitos contraditórios: o embevecimento pode estar lado a lado com o grotesco. O que tem a aparência de pares antagônicos, no entanto, nada mais é do que a vida real, retratada nesses contos com a força e a coragem necessárias para o seu enfrentamento.

    A lente com a qual o autor enxerga o mundo não recua diante de nada. É assim que assistimos na fileira da frente ao encontro inusitado de dois irmãos, separados pelas contingências do destino; a uma mulher conquistar seu sonho de infância quando já não parecia mais possível e a uma outra transformar sua existência num pesadelo quando tudo vivia em aparente calmaria. Em todas as histórias, encontramos seres humanos carregando dentro de si o peso do mundo transmutado em ausência e solidão. Mas o que percorre cada narrativa de Severo vai para além das perdas e dos isolamentos de cada um: é o que cada personagem faz a partir de suas histórias, é o que está para além do que a câmera mostra, do que os sentidos podem perceber, servindo-lhes de construto e alicerce. Terminada a última história, duas coisas se tornam claras: a primeira é que o autor tem uma verve impetuosa, e a segunda é que seu estilo está ainda mais intenso, para a sorte de que ler este Cada forma de ausência é o retrato de uma solidão.

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    Cada forma de ausência
  • Os escritores que eu matei

    A partir da epígrafe, já se pode notar a que veio o livro de crônicas de Marco Severo. Os escritores que eu matei é uma deliciosa leitura sobre o universo da literatura e suas descobertas, e também um livro que provoca com seu humor peculiar, que fala diretamente ao leitor através de seu estilo movediço, dinâmico, reflexivo. As crônicas – parte delas publicadas anteriormente em blogs na internet e retrabalhadas para este volume, aliadas a outras inéditas – são o resultado de quase quatro anos contribuindo com o pensar e o fazer literário, aqui elevados à potência máxima, culminando com seis novas crônicas escritas especialmente para esta nova edição revista e ampliada, e que atestam a vigorosa escrita do autor, que tem a capacidade de nos fazer querer caminhar com ele por este universo de encantamentos que é a literatura, virando página após página, seduzidos pelos labirintos da palavra. Dono de um estilo sagaz, ao criar uma obra a um só tempo incisiva e sensível, Marco Severo comprova que a literatura ganhou um cronista de mão cheia.

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    Os escritores que eu matei
  • Todo naufrágio é também um lugar de chegada

    Não existe transformação possível se a travessia for serena. É o que parece nos dizer esta obra de Marco Severo que você pode estar prestes a ler. Em cada conto, em cada personagem, situações colocam o ser humano confrontado com o mundo à sua volta e consigo mesmo. Reunidas nestas vinte histórias estão o medo, a loucura, a infância amarga, a velhice decrépita, a desesperança, a morte. Mas não só, porque falar dessas coisas é também tratar do seu oposto.

    É assim que o leitor entrará em contato com a paz advinda do aprendizado amoroso, as descobertas dos muitos eus que nos habitam, o recomeço após perdas debilitantes, a esperança que não se perde nunca. São histórias de homens e mulheres soltos no inescapável labirinto da vida, por onde ninguém passa incólume. Para além do devir inerente ao ser humano em sua imensa capacidade de mutação, esta obra perfaz no leitor o trajeto de volta, o olhar generoso para com as vivências possíveis, a delicadeza que existe em cada gesto.

    É também um livro que provoca, ao nos fazer refletir sobre as possibilidades daquilo que faz ser quem somos ou podemos vir a ser, se estivermos inseridos nas circunstâncias que nos exigem atitudes que, muitas vezes, só sabemos ser capazes de tomar diante do fato. Entrar neste universo é abrir-se para o que existe de mais desconhecido em nós mesmos, é ser tocado pela ficção e atravessado pela realidade. Aqui, naufrágio não é fim, é possibilidade de começo. Ou de recomeço. Chegar a um lugar diferente do que se espera é uma das possibilidades de ser. Em meio a isso tudo, uma narrativa sedutora, capaz de arrebatar o leitor desde as primeiras linhas e envolvê-lo num abismo de sensações evocadas a partir do impacto causado por cada uma das histórias. Todo naufrágio é também um lugar de chegada é sobretudo uma obra para quem quer ler histórias memoráveis, contadas por um escritor de prosa incendiária.

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    Todo naufrágio é também um lugar de chegada