Antonin Artaud

Antonin Artaud é um dos artistas mais conhecidos da França. Nascido em Marselha, em 4 de setembro de 1896, faleceu em Paris, no dia 4 de março de 1948. Foi poeta, ator, roteirista e diretor de teatro francês. Por muitos, atualmente, é conhecido como louco, por ter sido internado em diversos manicômios franceses. Quando transferido para o hospital psiquiátrico, em Rodez, acaba conhecendo o Dr. Ferdière, médico-responsável do manicômio, com quem troca correspondência. Entre eles, uma relação se estabelece, o médico incentiva Artaud a continuar com sua verve literária, mas, ao mesmo tempo, acaba submetendo o poeta a uma série de tratamentos de eletrochoque, o que prejudica sua mente e seu corpo. Artaud é conhecido por livros, como o “Teatro e seu Duplo” (Le Théâtre et son Double), considerado um dos livros mais influentes do teatro.

  • Correspondência com Jacques Rivière

    “Correspondência com Jacques Rivière” é um dos novos livros da Coleção Artaud. O livro, como nos conta o pesquisador Edgard de Assis Carvalho, traz as trocas de cartas entre Artaud e Rivière, que “começa em primeiro de maio de 1923 e termina em oito de junho de 1924, distribuída em três plots intercambiáveis. Mais assertivo e questionador, composto de três cartas, o primeiro abrange os meses de maio e junho; o segundo, também com três cartas, datadas de 1924, pode ser considerado uma ontologia da criação e inclui o lancinante poema Grito; finalmente, o terceiro, com cinco cartas, abrange os meses de maio e junho de 1924 e espelha dilemas, sofrimentos, ambivalências, aspirações e resiliências da alma humana.”

    Esse é o quarto livro da Coleção Artaud, com tradução de Olivier Dravet Xavier.

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  • Para acabar com o juízo de Deus e outros escritos

    “Para acabar com o juízo de Deus e outros escritos” é composto por quatro textos: Fragmentos de um diário do inferno, As novas revelações do ser, À margem das novas revelações do ser e Para acabar com o juízo de Deus.

    De acordo com a pesquisadora Marcia Schuback: “Os textos que compõem o presente volume das obras de Artaud expõem o duro aprendizado da identificação com a carne cruel e bruta do estar sendo. São textos que representam três décadas da vida de Artaud, décadas que são cadências e ritmos e não uma mera sucessão na cronologia da vida e do tempo.”

    Esse é o terceiro livro da Coleção Artaud, com tradução de Olivier Dravet Xavier.

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  • Textos surrealistas

    Estão reunidos aqui os textos do período em que um Antonin Artaud ainda jovem colaborou com os surrealistas franceses. Publicados em revistas e panfletos, de 1924 a 1928, estes textos constituem um trabalho de desconstrução de um espírito europeu criticado por ser excessivamente racional, redutor em sua concepção da realidade, mas também uma busca às vezes desesperada por um outro modo de expressão do espírito, uma busca por suas profundezas inacessíveis.

    Essa preocupação, que atravessa a obra de Artaud, se exprime aqui através de uma poesia surrealista artaudiana carregada de sonhos e divagações, de simbolismo, de associações livres, de provocações. Trata-se antes de tudo de dar livre curso ao pensamento e às suas imagens.

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  • Os Tarahumaras

    Antonin Artaud é sobretudo um poeta para quem a poesia e o espírito não são meras práticas de linguagem, dimensões cerebrais ou da sensibilidade artística. Para ele, a poesia está presente no próprio corpo e nas ações, ela é um modo de ser no mundo,  nas entranhas, como contraparte do espírito da vida.

    A percepção história e mágica de Artaud descortinada a partir de sua vivência com os Tarahumaras desperta não só os aspectos etnográficos e antropológicos de sua experiência, como a dimensão coletiva e espiritual presente nos mitos, inseridos em nossa vida como realidade e não como delírio ou ficção.

    É com esta ideia que a publicação de Os Tarahumaras, pela Editora Moinhos, representa o primeiro passo para a retomada da divulgação de Artaud no Brasil. Esta retomada significa um novo conjunto de releituras e traduções que devem vir à público no Brasil. É também um marco, tendo em vista que é o primeiro volume de uma série que de livros de Artaud a serem editados neste e nos próximos anos.

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