Lustre de carne
“Eu construí o Lustre de dentro de uma sala entulhada de coisas que deviam ser descartadas e junto de outras que eu valorizava. Ali tinha o computador, discos, fitas, CDs, livros dos meus pais, uma estante do chão ao teto com tanto papel e treco que entortava um pouco, eletros para consertar, poeira, tapete velho, poltrona velha, vitrais em duas portas que davam pra uma sacadinha de princesa mesmo sem ter um andar, plantas lá fora, luz amarela e o lustre laranja tipo um abacaxi sem coroa que pende uma afiada ponta ameaçadora . Eu amo esse lugar.”
Renata Flávia
Em estoque
Dados técnicos
Título: Lustre de carne
Autora: Renata Flávia
Páginas: 106
Dimensões: 14×21 cm
Gênero: Poesia
ISBN: 978-85-45557-88-3
Ano: 2019
Sobre o livro
Era um blog, um exercício, um desabafo, vida, literatura, música, uma montanha de coisas amontoadas, assim o Lustre de carne nasceu em 2007.
Eu construí o Lustre de dentro de uma sala entulhada de coisas que deviam ser descartadas e junto de outras que eu valorizava. Ali tinha o computador, discos, fitas, CDs, livros dos meus pais, uma estante do chão ao teto com tanto papel e treco que entortava um pouco, eletros para consertar, poeira, tapete velho, poltrona velha, vitrais em duas portas que davam pra uma sacadinha de princesa mesmo sem ter um andar, plantas lá fora, luz amarela e o lustre laranja tipo um abacaxi sem coroa que pende uma afiada ponta ameaçadora . Eu amo esse lugar.
Eu deitada embaixo do lustre sempre pensando que ele pudesse despencar. Meu corpo ali inerte e vulnerável a tudo. É com carne que escrevo, não consigo arrumar isso às vezes, porque escorre e sinceramente acredito na falha, acredito nela no sentido de ter fé na falha e é somente por isso que tenho vontade de publicar.
Não acaba a construção de uma escrita, não há tempo suficiente para acharmos a medida certa, é como eu penso. Então aqui vai meu amontoado, litros de antiguidades, dois dedos de novidades e um horizonte.
Entre textos proseados e os versos caminho nessa cidade que sempre foi minha paisagem, imersa demais nesse meu descobrir, é confundindo que eu me localizava, fosse no pensamento, fosse nas praças. Tentei criar uma lógica nesse caminho, mas deixei que se fizesse cortes e espasmos assim como era o Lustre como um diário, como os dias: uma busca.
março, dois mil e dezenove
ao sul de Teresina
Renata Flávia

Sobre a autora Renata Flávia
Renata Flávia nasceu em mil novecentos e oitenta e nove, em Teresina. Tem publicado o livro de poesias Mar Grave (2018, Moinhos).
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